9.12.09

Steampunk feito no Brasil 2

Já falei algumas vezes neste blog no projeto de José Roberto Vieira - o romance steampunk chamado Baronato de Shoah -, a primeira delas no dia 7 de junho. Agora, o escritor preparou uma novidade para seus leitores um aperitivo para o prato principal. Pelos próximos meses, ele pretende publicar capítulos de um romance virtual chamado A canção do silêncio que serve de prelúdio se passando uma década antes da história do Baronato. A primeira parte já está disponível no site Recanto das Letras de onde pode ser baixada gratuitamente. Trata-se de uma obra que se aproxima do subgênero steampunk não pela vertente da FC, mas sim pela da Fantasia, como a trilogia Fronteiras do universo, de Philip Pullman.

Abaixo, um trecho deste capítulo inicial.

Carros passavam lentamente, exalando névoa de seus escapamentos. Aleantrus conhecia muito bem aquela substância, era a Nebeldumpf – a Névoa do Vapor – o combustível usado em toda tecnologia de Nordara, seu reino.

Isso por que, há anos, os humanos descobriram formas de converter esta matéria da natureza e utilizá-la em seu maquinário, avançando tecnologicamente de maneira surreal. Havia carros, barcos, monomotores, caravelas voadores, uma infinidade de veículos movidos à Névoa que facilitavam a vida das pessoas no reino.

A Nebeldumpf era produzida nas montanhas, num complicado processo de refinamento que poucos entendiam. Por fazer parte do exército, Aleantrus já tinha visto grande parte desta tecnologia, por isso, não se impressionava mais. Ele passou entre dois carros dourados, estacionados em frente a uma casa e continuou descendo a rua, até virar a esquina e se deparar com a praça principal.

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