5.4.10

Steampunk feito no Brasil 4

O escritor Rynaldo Papoy é mais um representante do Brazilian Steampunk. Ele acaba de publicar no blog The Braganza Mothers um conto do gênero ambientado em um dos mais famosos e decisivos momentos da Guerra do Paraguai (1864-1870): a Batalha do Riachuelo, ocorrida no dia 11 de junho de 1865. Abaixo, podemos ver a mais famosa representação daquela escaramuça naval, um quadro pintado pelo catarinense Victor Meirelles (1832-1903).



No texto de Papoy, circulam alguns personagens reais, como o Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, o Barão do Amazonas (1804-1882), comandante da Armada Brasileira naquela ocasião. Até mesmo sua frase mais famosa surge nesse conto: "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever". Claro que o que torna "O Aquidabã" uma obra steamer é algo além dos detalhes históricos, no caso, uma tecnologia náutica que influencia bastante no resultado daquela batalha. Deixo vocês com um trecho do conto que pode ser lido integralmente aqui.

8h
A neblina dissipava-se. Já era possível avistar pontos azuis no céu. O Sol avançava por trás da província de Corrientes, à boreste da Esquadra Brasileira.

Do alto do mastro, Segundo-Tenente Josias Fernandes gritou:

- Esquadra inimiga à vista!

Os marinheiros brasileiros perderam imediatamente qualquer vestígio de sono, fome, cansaço ou medo.

A vasta frota paraguaia foi avistada aproximando-se, a todo vapor e com as velas arriadas, enfrentando o vento de bombordo.

Barroso chamou o bandeirista, Sargento Tobias de Souza Lima e lhe contou a mensagem que queria transmitida aos navios brasileiros.

Lima subiu com suas bandeiras ao alto do mastro e anunciou:

- O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever.

Comandante Tales de Miranda, no passadiço da canhoneira Belmonte, ordenou:

- A todo vapor!

Belmonte ultrapassou a Amazonas. Almirante Barroso viu a canhoneira avançar a toda velocidade, cuspindo fumaça para o céu, com seus canhões e metralhadoras apontados para a canhoneira Paraguary, descendo o rio em igual velocidade.

“Afunde-os, Miranda, afunde-os!”, pensou Barroso, mordendo seu cachimbo.

Os marinheiros a bordo da Belmonte olhavam fixos para a canhoneira inimiga, que abriu fogo. 

Um comentário:

Anônimo disse...

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