3.11.10

Mais Brazilian steampunk na Tor

E a repercussão internacional do modo brasileiro de se escrever steampunk não para, agora com a inclusão de nossos patrícios, também. Em seu terceiro artigo para o site da editora Tor, na tradicional quinzena que ela dedica ao tema, Fábio Fernandes resenhou a coletânea lusobrasileira Vaporpunk, da editora Draco. No texto, o escritor e tradutor carioca ressaltou o ineditismo de o país ter gerado duas edições temáticas no prazo de um ano e ainda comentou um pouco dos bastidores daquela antologia e da sua precursora, a Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, publicada pela Tarja Editorial.

Segundo ele, os dois livros nasceram de forma independente devido a uma diferença de opinião entre os responsáveis por cada uma dessas obras. Gerson Lodi-Ribeiro, coorganizador de Vaporpunk ao lado do português Luís Filipe Silva, entende o subgênero como parta da História Altarnativa, exigindo histórias com um tamanho maior, que vai da noveleta à novela, para se desenvolver adequadamente. Já Richard Diegues, sócio da Tarja, não era tão taxativo na questão do tamanho das histórias, aceitando incluir material com a dimensão de contos no livro que pretendia lançar. Para exemplificar a divisão, Fábio Fernandes recorreu a um caso semelhante que ocorreu no mercado anglófono com duas outras antologias steamers: "Pense na Extraordinary Engines de Nick Gevers em relação à Steampunk de Ann e Jeff VanderMeer e você entenderá o que estou dizendo".

Por falar no casal VanderMeer, o artigo acaba, após feita a análise dos textos incluidos na Vaporpunk, com Fábio Fernandes lembrando seus leitores de uma notícia que já dei por aqui. O organizador da coletânea Steampunk, de sua sucessora Steampunk Reload e do livro de arte Steampunk Bible, fez o convite ao brasileiro e ao crítico e tradutor americano Larry Nolen para verter para o inglês os trechos iniciais de todas as oito histórias desta segunda coletânea nacional, de modo que eles estejam disponíveis on line para o público internacional. Uma oportunidade histórica para a ficção científica brasileira - e portuguesa - que a notoriedade do gênero steampunk trouxe.

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