26.9.11

Descanse em paz, Sergio Bonelli

Se o steampunk é objetivamente sobre o imaginário do século XIX, a pessoa que mais influenciou o que sei a respeito daquele período morreu hoje pela manhã, o editor de quadrinhos italiano Sergio Bonelli. Pelos estúdios que levam o nome de sua família, ele editou a maioria dos quadrinhos de faroeste que li e uma boa parte do melhor relacionado a mistério e a terror. Todos os meses, compro nas bancas as melhores HQs disponíveis em nosso mercado, J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga e Mágico Vento. Notem que não falei algumas das, mas as melhores mesmo. Tenho todos os números de Marvel Max, compro todos os meses a Vertigo, da DC, mas nenhuma dessas revistas é tão boa e tão regular quanto aqueles dois fumetti, editados por Sergio Bonelli.

O primeiro, um título de investigação que tem a melhor personagem feminina que conheço nos quadrinhos, é escrito pelo mesmo criador de Ken Parker, uma de minhas série favoritas de todos os tempos, Giancarlo Berardi. O outro, com textos de Gianfranco Manfredi, é uma revista de weird western de primeira, que algumas vezes conta com a presença dos desenhos do outro responsável por Ken Parker, Ivo Milazzo. Graças àquele editor e à sua Bonelli Comics, tive acesso a material de tamanha qualidade durante minha infância, adolescência e até os dias de hoje, passando por uma diversidade de casas editoriais nacionais, da Vecchi à atual Mythos, passando por Record e Globo. Só posso deixar meus agradecimentos a ele, pela missão tão bem cumprida e, para os leitores, alguns links de posts que escrevi a respeito por aqui: Cowboys e Aliens; Weird Western nos quadrinhos - Mágico Vento; e  Cursed City em Mágico Vento.

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