11.3.12

Os autores da HQ

Uma foto que ainda não havia postado aqui: Sandro Zamboni, o Zambi, e eu no evento uma Tarde na Taverna, de novembro passado. A dupla de criadores da graphic novel baseada em Cidade Phantástica.

7.3.12

Mulheres fantásticas

Ontem, a escritora Tânia Souza, minha colega de páginas da coletânea weird west Cursed City - Onde as almas não têm valor, me pediu para participar de uma pesquisa que ela estava fazendo para um post especial em seu blog. Em comemoração ao Dia das Mulheres, ela estava pedindo aos escritores da literatura fantástica nacional que apontassem suas personagens femininas favoritas, entre as mais sombrias, no acervo mundial. Escapei um pouco do trinômio fantástico habitual - a FC, a fantasia e o horror - e dei minha preferência em outro representante da literatura de gênero, o policial, como podem ver abaixo, no trecho em que ela me cita em seu blog:


E para estrear nossa série, o escritor Romeu Martins (@romeumartins) do blog Cidade Phantástica, elegeu o universo das histórias sherlockianas para invocar sua musa das sombras. Conheçam a fascinante Maria Pinto, criação de Arthur Conan Doyle.

“Sou fã da Irene Adler - chamada por Holmes de "A Mulher", como um diferencial de todas as outras que ele encontrou -, Irene Adler surgiu no conto"Um escândalo de Boêmia". E gosto das vilãs brasileiras do Doyle, tanto que usei a Maria Pinto no Cidade Phantástica. Irene Adler é uma unanimidade pra quem gosta das histórias sherlockianas, mas eu tenho essa preferência pessoal pela Maria Pinto desde que li "O problema da Ponte de Thor" pela primeira vez e descobri aquela personagem brasileira que o próprio Holmes define como uma das mais ardilosas que ele já conhecera. Eu adoro o plano de vingança que ela elabora naquele conto.”
           
E o autor gosta mesmo da personagem, já escreveu sobre ela na noveleta "Cidade Phantástica", presente na coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário e agora, em seu novo projeto, uma graphic novel adaptando aquele texto, em parceria com o desenhista Sandro Zamboni (o Zambi), vão mostrar as origens dessa vilã brasileira criada por Arthur Conan Doyle. Vamos aguardar!

A opinião de outros convidados pode ser lida aqui, no primeiro post desta série. Lembro também a homenagem que fiz aqui nesta página ano passado nesta mesma data.

2.3.12

Cidade Phantástica, a graphic novel 2

Circula hoje por toda Santa Catarina, no jornal de maior tiragem do estado, a primeira imagem colorida da graphic novel steampunk que Zambi e eu estamos produzindo para a editoria Underworld. Mais do que isso, a nossa futura HQ recebeu uma detalhada matéria em primeiríssima mão de autoria do colega jornalista Marcos Espíndola na coluna mais prestigiada da área de cultura e entretenimento daqui, a Contracapa do caderno de Variedades do Diário Catarinense. Marquinhos captou e explicou perfeitamente o cenário da noveleta que está sendo transposta para uma nova mídia. Então, é com muita satisfação que reproduzo aqui o desenho que Zambi fez com os principais personagens de Cidade Phantástica e o trecho da coluna de hoje que destaca nosso trabalho. Se isso não vale uma bela comemoração nesta sexta-feira, o que valeria?


O (Retro)Futuro é aqui
Quando integrou, com "Cidade Phantástica", a pioneira coletânea de contos Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, lançada em 2009 pela Tarja Editorial, o jornalista e escritor catarinense Romeu Martins estava longe de se dar por realizado. A ideia primária era levar a fábula retrô futurista para os quadrinhos. O intento começa a se consumar por meio da parceria com o ilustrador Sandro Zamboni, o Zambi, chargista do jornal Hora de Santa Catarina. Cidade Phantástica tem como cenário o Rio de Janeiro do período de 1866 e 1867. A capital do Segundo Império vive um momento de franca evolução socio-econômica e cultural, assumindo a vanguarda da industrialização frente aos Estados Unidos mergulhados em uma guerra civil.
A razão desta expansão desenvolvimentista, que, pelo menos nesta ficção, coloca o Brasil como a potência da época, é o fato de o país não ter entrado na Guerra do Paraguai. À frente deste processo estão os ideários do Barão de Mauá, figura histórica que assume o papel de principal conselheiro do imperador Dom Pedro II, tendo influência direta, por exemplo, no fim da escravidão em 1855 - 34 anos antes da Lei Áurea. Neste outro Brasil desenvolve-se uma trama de heróis e vilões, personagens de Júlio Verne e de Sir Arthur Conan Doyle (o criador de Sherlock Holmes) que também mudaram de ares e passaram a habitar a pujante nação tropical. A novela está prevista para sair em 2013 para atender as exigências da editora Underworld, que pede por uma publicação colorida.
Mas aqui temos um aperitivo do que a dupla Martins/Zambi imagina deste Brasil steampunk. Os desdobramentos desta obra serão detalhados no blog cidadephantastica.blogspot.com